O Deus que nos amou primeiro procura no homem a mesma iniciativa que marca suas próprias atitudes.
Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós?” E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me!”
Isaías 6.8 NVI
Talvez por isso que, ao invés de dar a ordem a Isaías, Deus faz a pergunta. Não podemos ter certeza, pois o texto não dá indícios claros, mas parece que o Senhor quer que o profeta faça a ligação entre o sentimento profundo da gratidão pelo perdão e a necessidade de servir ao Senhor.
E Isaías faz a ligação: “Eis-me aqui. Envia-me!” Ele se oferece.
Nunca ninguém falou palavras mais puras, de lábios purificados.
É como se o Senhor estivesse falando entre seus conselheiros celestiais, perguntando quem seria disposto entre suas pobres criaturas para uma obra tão desafiadora e difícil, uma pessoa qualificada para uma tarefa de tão grandiosa envergadura.
Quase se pode sentir o sorriso de Deus quando o pequeno homem de lábios recém-purificados toma um passo para a frente.
Será que nós também, como Isaías, já fizemos a ligação?
Ele procura o homem e a mulher que vai ver a cidade vizinha, a região distante, sem o evangelho e dirá: “Quero ir lá”. Ele busca a iniciativa de um discípulo que, como seu Mestre, diz: “Vamos para as cidades vizinhas, para lá pregar também, pois para isso nós viemos” (cp. Marcos 1.38).
Deus que purifica e perdoa, ouço a sua voz e peço que me envie para seu trabalho. Aqui estou para agradá-lo e para cumprir seu propósito. Como Jesus fez. Amém.