Quanto a mim, feita a justiça, verei a tua face; quando despertar, ficarei satisfeito ao ver a tua semelhança.
Salmo 17.15
Talvez Filipe estava pensando neste texto quando disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (João 14.8).
Ambos os contextos tratam a violência. Um texto, um apelo a Deus para agir e livrá-lo dos inimigos. O segundo, traição e negação pelos próprios discípulos do Senhor.
O primeiro é uma afirmação de confiança; o segundo, um pedido de profundo desejo.
Tanto Davi como Filipe sabiam que ninguém podia ver Deus. Mas desejaram e esperaram alguma manifestação divina que indicaria sua presença pessoal e ação poderosa em seu benefício.
Jesus na carne é a resposta ao pedido de Filipe (João 14.9-10). Ele já devia ter visto isso.
Jesus na cruz é a resposta ao despertar matinal de Davi. Na cruz, a justiça reinou, o inimigo foi vencido e a face de Deus chegou perto do coração humano.
No ato de comer o pão e beber o cálice, vemos a face de Deus, proclamamos a vinda de Jesus e alegramo-nos na satisfação de ver a sua semelhança.
Pois o que Davi esperava e Filipe pedia agora é nosso para nos dar satisfação.